A segurança do paciente é uma das principais preocupações em qualquer ambiente de saúde, desde hospitais a clínicas e consultórios. Para garanti-la, bem como o bem-estar deles, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou as Metas Internacionais de Segurança do Paciente em 2004.
Essas determinações visam melhorar a qualidade da assistência à saúde e reduzir riscos e danos aos pacientes em todo o mundo. Neste artigo, vamos listar as seis metas de segurança do paciente e mostrar como elas podem ser incorporadas em unidades de saúde. Continue a leitura e confira!
Conheça as metas internacionais de segurança do paciente
As seis metas internacionais de segurança do paciente estabelecidas pela OMS são:
- identificar o paciente corretamente;
- gerar comunicação efetiva;
- melhorar a segurança em relação a medicamentos;
- assegurar cirurgias realizadas corretamente;
- reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde;
- reduzir o risco de quedas e lesões.
1. Identificar o paciente corretamente
A identificação correta do paciente é crucial para garantir que ele receba a assistência adequada. Esse processo implica em verificar:
- o nome completo;
- a data de nascimento;
- o número de registro hospitalar.
Para incorporar essa meta em unidades de saúde, é importante que os profissionais de saúde estejam conscientes da necessidade de identificar corretamente o paciente antes de realizar qualquer procedimento, medicação ou tratamento.
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Uma maneira de fazer isso é por meio da implementação de uma política de identificação do paciente, que pode incluir o uso de pulseiras de identificação, verificação de dados do paciente antes da administração de medicamentos e revisão dos dados do paciente antes da realização de um procedimento.
2. Gerar comunicação efetiva
A comunicação efetiva entre os profissionais de saúde é essencial para garantir a segurança do paciente. Isso inclui a comunicação entre diferentes membros da equipe de saúde, entre o profissional de saúde e o paciente, e entre o profissional de saúde e a família do paciente.
Portanto, é importante promover o desenvolvimento de políticas nas unidades de saúde que incentivem:
- a troca de informações clara e objetiva;
- o uso de prontuários eletrônicos para manter registros precisos e acessíveis;
- a realização de treinamentos para desenvolver habilidades de comunicação.
3. Melhorar a segurança em relação a medicamentos
Erros na prescrição, uso e administração de medicamentos podem ter consequências graves para a saúde do paciente. Por isso, é crucial que os profissionais de saúde sigam práticas seguras para minimizar os riscos.
Políticas e práticas seguras para a prescrição, o uso e a administração de medicamentos são fundamentais para qualquer unidade de saúde. Nesse cenário, é possível adotar protocolos padronizados para a prescrição e administração de medicamentos, a revisão dos medicamentos prescritos em relação a possíveis interações ou efeitos colaterais e a realização de treinamentos para garantir que o corpo clínico esteja ciente dos riscos e práticas seguras.
4. Assegurar cirurgias realizadas corretamente
A cirurgia é um procedimento complexo que requer muita atenção e cuidado por parte da equipe médica. Erros podem acontecer, e é por isso que é tão importante seguir protocolos rigorosos para garantir que a operação seja realizada no local correto, no paciente correto e com o procedimento correto.
Para incorporar essa meta em unidades de saúde, é essencial estabelecer um sistema de verificação pré-operatória, que inclua a confirmação do paciente e da operação corretos, além da revisão de todos os procedimentos e equipamentos necessários para a realização da cirurgia. Também é importante contar com uma equipe de profissionais treinados e especializados no procedimento em questão, para minimizar o risco de erros.
5. Reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde
A meta de reduzir o risco de infecções associadas a cuidados de saúde é uma das mais importantes estabelecidas pela OMS. Infecções hospitalares podem ser extremamente perigosas e, em alguns casos, fatais, especialmente para pacientes que já estão com a saúde debilitada. Por isso, é fundamental que as unidades de saúde incorporem medidas preventivas que visem a higienização correta dos espaços.
Existem diversas maneiras de reduzir o risco de infecções hospitalares, dentre elas:
- a higienização adequada das mãos, tanto dos profissionais de saúde quanto dos pacientes;
- utilização devida de equipamentos de proteção individual, os EPIs, como luvas e máscaras;
- limpeza e desinfecção dos ambientes hospitalares;
- controle adequado da utilização de antibióticos e outros medicamentos, para evitar a resistência bacteriana e a proliferação de infecções hospitalares;
- disponibilização de álcool em gel em pontos estratégicos.
Por fim, a comunicação também desempenha um papel importante na prevenção de infecções hospitalares. É importante que os profissionais de saúde comuniquem claramente aos pacientes e suas famílias sobre os riscos de infecções hospitalares e as medidas preventivas que estão sendo tomadas para reduzir esses riscos, além de oferecer instruções.
6. Reduzir o risco de quedas e lesões
Os pacientes hospitalizados estão em risco de desenvolver lesões por pressão e quedas, especialmente aqueles que são mais frágeis, têm condições de saúde pré-existentes ou estão sendo transportados de alguma maneira.
Para incorporar essa meta em unidades de saúde, é importante que os profissionais de saúde implementem medidas preventivas apropriadas, como a utilização de colchões especiais e a aplicabilidade de dispositivos de segurança para evitar quedas. Também é importante educar os pacientes sobre os riscos e formas de evitá-los, para que eles possam se precaver quando necessário.
A adoção de práticas que contemplem as metas internacionais de segurança do paciente garante maior êxito no cuidado dos mais diversos quadros clínicos, destacando a instituição entre as demais. Confira outras formas de gerar vantagens competitivas sustentáveis para unidades de saúde de grande porte.